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Paula Andrada

Casa Ninho

Casa é ninho de sentir

A fresta de luz que perpassa a janela

Infiltra o tecido rústico em tom amanteigado

Luz que se alonga nos tacos de madeira pelo corredor

E se finda no espelho emoldurado acima do console


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Casa é ninho de acolher

A textura da manta do sofá

Envolve e aquece fins de tardes e madrugadas

Em cores quentes e vibrantes, mosaicos perfeitos

Elaborados pontos no crochê tunisiano


Casa é ninho de detalhes

Xícaras e guardanapos florais

Bolo feito e mesa polida

Lustra móveis de lavanda

Palco pronto para abrigar

O sabor das longas conversas


Casa é ninho de tocar

Os sons do vinil na vitrola

O Telefone na mesa de quina da sala

O burburinho dos vizinhos

Barulho da chuva no telhado

Notas que tocam a alma


Casa é ninho de memórias

No canto, o baú de madeira

Preenchido por álbuns de fotos em tons pastéis

Cheiro de papel antigo, de recordação

Nas paredes, quadros e retratos se impõem

Molduras pálidas e gastas pelos anos


Casa é ninho de saudade

Templo de experiências únicas

Retratadas pelos sentidos

Que outrora afloraram

Da vivência de instantes

Fragmentados na rotina

De um tempo que não volta


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