Eu escolhi o minimalismo.
- Wix Lovers

- 23 de mai.
- 4 min de leitura
“Tive conexão com a filosofia minimalista. Foi um belo encontro”.

Hoje resolvi compartilhar com vocês porque eu escolhi o estilo de vida minimalista. Na verdade, eu acho que a minha história de vida foi me levando para o encontro com o minimalismo. E que encontro! Foi realmente uma das melhores coisas que me aconteceu. Eu já tinha uma noção da filosofia, mas naquela tarde de um dia comum, por acaso li algo sobre minimalismo que me tocou profundamente. Sabe quando você encontra exatamente o que precisava, da forma como imaginava e de repente tudo se encaixa e começa a ganhar sentido? Foi assim!
Eu me mudei muito: de cidade umas dez vezes e de casas mais de vinte e cinco vezes. Verdade! Essa foi a minha história e com o tempo aprendi a honrá-la, afinal foi essa jornada que me permitiu chegar até aqui entre tantas descobertas. Mas confesso que, com todas essas mudanças, eu fui acumulando muitos móveis, muitos objetos e utensílios e por não saber quando teria outra mudança eu sempre tinha itens guardados em um box ou depósito.
Com o passar dos anos, eu comecei a me sentir sobrecarregada, pois manter tudo aquilo começou a se tornar pesado e eu percebi que boa parte do meu tempo estava sendo consumido com bens materiais. Senti que eu precisava encontrar um caminho e, como jornalista, iniciei as minhas pesquisas.
Eu comecei a pesquisar temas e assuntos ligados a mudanças constantes de casas, a itens guardados e armazenados, a acumulação de itens materiais. Também investiguei a influência que cada uma dessas casas pelas quais eu passei teve em minha vida. Eu queria compreender melhor tudo o que ocorria a minha volta. Nessa busca, eu estudei e realizei formações na filosofia chinesa Feng Shui, Neuro Feng Shui e Terapia Sistêmica de Ambientes.
A partir desses estudos, eu percebi como o excesso de itens (móveis, objetos, roupas, utensílios) tinha um impacto na minha qualidade de vida, na minha mente e na energia do ambiente a minha volta. O termo minimalismo apareceu por acaso em um desses estudos e começou a fazer muito sentido dentro de todo o contexto. Naquele momento, me debrucei em pesquisas e leituras específicas sobre o tema. Cada descoberta se encaixava perfeitamente com meus objetivos de vida e visões de mundo. Foi uma conexão profunda. O minimalismo entrou e nunca mais saiu!
Como pratiquei o minimalismo?

Nutrida por muitas informações sobre a filosofia de vida minimalista eu precisava passar para a etapa prática para poder experimentar tudo aquilo que eu havia estudado. Nessa época, há seis anos atrás, eu morava em uma casa bem grande e sabia que o desafio seria grande. Eu decidi que precisava enfrentar mais uma mudança naquele momento, mas que dessa vez a mudança seria estrutural também e que eu carregaria comigo para sempre os benefícios advindos desse esforço. Eu tinha um closet bem cheio de roupas e sapatos, além de um outro quarto inteiro preenchido por casacos de inverno, botas, vestidos de festa, sandálias para ocasiões especiais, fantasias e tudo o mais que você possa imaginar no universo do guarda-roupa feminino. O escritório da casa era um salão enorme com muitos armários e estantes onde eu armazenava centenas de livros, documentos, fotografias, lembranças escolares e também da infância dos meus filhos, além de vários itens aleatórios. Hoje vejo que o escritório era o local de maior armazenamento da casa, pois tudo aquilo que eu não queria desfazer ou não sabia o que fazer tinha destino certo: o escritório. A cozinha da casa e a cozinha externa também tinham utensílios que me permitiria abrir no mínimo dois restaurantes. No mais, quadros, enfeites, vasos com plantas e uma infinidade de itens que só de pensar chego a ficar angustiada.
Eu sempre fui uma doadora nata. Adoro passar para outras pessoas itens que não quero mais. E fiz isso a minha vida inteira. O que eu não percebia é que com o passar do tempo eu acabava substituindo esses itens por outros. É difícil aceitar que mesmo doando eu também acumulava. Talvez acumular possa ter sido uma forma de me sentir segura. Hoje vejo isso com clareza.
Diante de tal clareza e consciente da minha nova jornada comecei a eliminar e reduzir tudo o que tinha a minha volta. Fui direcionando as doações para amigos e parentes e dessa vez eu sentia que era diferente porque eu estava compreendendo todo o processo. Em algumas semanas, os itens que eu levaria para o próximo endereço estavam separados em caixas. Cada qual escolhido com critério e objetivos bem definidos. Na bagagem para o novo apartamento eu levei aceitação, amor pela minha história, boas lembranças e um tanto de desapego na alma.
Qual transformação o minimalismo trouxe para a minha vida?
Há seis anos eu estou nessa jornada. Mesmo tendo me tornado uma pesquisadora e adepta do minimalismo e ainda sigo aprendendo a cada dia porque há sempre como aprimorar. O minimalismo trouxe mais sentido para a minha vida porque me permitiu simplificar a minha forma de viver e pensar. A vida ficou mais leve. Comecei realmente a praticar o que eu sonhava: ter mais tempo para experiências com sentido.
Essa filosofia teve muita conexão com a minha busca pelo auto conhecimento e pelo estilo de vida que eu desejava. Então foi algo que aconteceu de uma forma muito natural e estimulante. E é por isso, por fazer tanto sentido pra mim, que eu resolvi compartilhar com vocês essa jornada!
Se você já teve alguma experiência com o minimalismo, me conte aqui!
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